Saudades de ti... Coimbra

Noites quentes
Férias e estudo
Aprendizagem da vida
Ruelas percorrem labirintos
Botam a baixo com vida
Massacre do corpo que aguenta

A amizade sincera
Tertúlias, pela noite fora
Amores à janela
Meninas em grupos
Capa negra, cor da noite
Onde todos os amores esconde
Assim como as farpas na lapela
Acertam vindas da madeira grossa
Carecem de velatura

Ah… saudade

Muita hora
Muita saudade
Farto esforço
Noites mal dormidas
Insónias pela hora de almoço
Acartam, o despejo do conhecimento
Tudo carregam, tudo enchem
Sempre à pressa
Entorna do que resta

E o importante?

O cruzamento das matérias emprestadas
A química, astrofísica e a mecânica quântica
Einstein, Lavoiser e Descartes
A noite, os amigos e a bebida
A vida
Quem explica?

Preciso de explicações
Quem me educa
Quem me ensina

Quem me explica o significado da vida?
Já chega de números, agora sigo as letras
Já chega do conhecimento da matéria
Prefiro envolver-me em poemas

São leituras... são almas vivas, São saudades de ti Coimbra...

Anónimo